ATIVIDADES PRÁTICAS

Uma atividade prática está ligada à teoria e à prática.  Porém, esta ligação existe, não somente pela capacidade de materialização da atividade prática que facilita o processo ensino aprendizagem, mas também pela motivação dos estudantes.

Uma atividade prática, é uma nova forma de apresentar uma nova maneira de transmitir conhecimento, além de oferecer uma “finalidade” para o conteúdo teórico de sala.

As atividades práticas são consideradas como uma espécie de catalisador para os conhecimentos adquiridos nas aulas teóricas, já que a vivência de uma experiência facilita a assimilação das informações.

A prática não inclui somente as atividades realizadas em laboratório, mas diversas outras experiências, que podem ser realizadas em sala de aula com materiais simples. Isto promove o desenvolvimento dos estudantes, na capacidade de reflexão, construção de ideias e atitudes, além do conhecimento de procedimentos.

Entre os objetivos de uma atividade prática, destacam-se:

  • Aprimorar o processo ensino-aprendizagem;
  • Auxiliar na assimilação de conteúdo por parte do estudante;
  • Desenvolver habilidades e competências no estudante;
  • Desenvolver as relações interpessoais, espírito de equipe e liderança.

 

Segundo Freire: “A teoria sem a prática vira ‘verbalismo’, assim como a prática sem teoria, vira ativismo. No entanto, quando se une a prática com a teoria tem-se a práxis, a ação criadora e modificadora da realidade.” (FREIRE, 1996, p.25).

 

Contexto de uso

Sempre que o conteúdo teórico estudado permitir aplicações práticas em laboratórios ou mesmo em sala para reproduzir situações do quotidiano e/ou situações-problema que possam aumentar o nível de entendimento dos estudantes.

 

Vantagens:

  • Proporciona uma visão diferente do conteúdo de sala de aula, ampliando a qualidade e a quantidade da aprendizagem;
  • Torna o conhecimento teórico, em conhecimento prático;
  • Partilhar diferentes tipos de conhecimento entre os indivíduos;
  • Trabalho em equipa;
  • Compreender os impactos de conceitos teóricos em problemas reais, mesmo que sejam em menor escala;
  • Disseminar o conceito de hands on (mãos na massa);
  • Identificar situações que possam comprometer a segurança individual e/ou coletiva e agir de maneira segura.

 

Recomendações

O ambiente no qual deverá ser feita a prática, deve ser seguro e organizado. A distribuição física dos estudantes e dos equipamentos, materiais e itens específicos, devem de estar de tal forma a permitir o fluxo de todos dentro do laboratório ou da sala utilizada.

Deve-se preparar um plano, que deve ser seguido por todos, de modo que os estudantes consigam agir de forma lógica e organizada dentro do espaço e as instruções sejam claras e objetivas.

O docente, desta forma, consegue responder às dúvidas dos estudantes e acompanhar o andamento das atividades. Antes de iniciar as atividades, deve explicar cada etapa aos estudantes. Os materiais/equipamentos devem ser alocados previamente no local para que a atividade seja realizada de maneira rápida e objetiva, visando sempre a resolução de um problema.

 

Sequência didática

Preparação da Atividade

  1. Preparar o plano de atividades, e divulgar junto dos estudantes;
  2. Organizar previamente o laboratório: – layout do local;

 

Antes da Atividade

  1. Criar grupos;
  2. Definição de funções para os membros do grupo, deve ser definido pelos próprios membros;
  3. Apresentação e explicação do plano de forma clara e objetiva, assim como as normas de segurança, os materiais e/ou equipamentos que ser utilizados;

 

Durante a Atividade

  1. Acompanhar a evolução dos grupos assim como a atitude dos estudantes em relação à segurança;
  2. Acompanhar o trabalho de cada grupo, solicitando que os estudantes expliquem o que está acontecendo. Se necessário, deverá intervir na prática, seja para fins didáticos ou para fins de segurança. Importante fazer várias vezes este passo;
  3. Monitorizar o uso adequado de equipamentos, materiais e itens específicos a fim de preservá-los.

 

Depois da Atividade

  1. Os estudantes deverão demonstrar os resultados:
  • Em forma de relatório;
  • Em forma de apresentação oral;
  • Em forma de protótipo e/ou produto.
  1. Dar feedback a respeito dos resultados obtidos e se possível realizar outras atividades práticas a fim de observar a evolução dos estudantes.

Referências

Almeida, T., Silva, G., Ribeiro, A. Inovação e Renovação Académica: Guia Prático de utilização das metodologias ativas, Editora Ferp, 2020, http://www.ugb.edu.br

Freire, P. Pedagogia da autonomia: Saberes necessários à prática educativa. São Paulo. Ed.Paz e Terra (coleção leitura), 1996. 25p.

Takeuchi, H., Nonaka, I. Gestão do Conhecimento. Bookman, 2008. W PENSAR. Disponível em: https://blog.wpensar.com.br/gestao-escolar/aula-pratica-comoferramenta-de-ensino/. Acesso em: 10 dez. 2019.

Este guia visa ser um elemento facilitador aos docentes no processo de implementação das metodologias ativas de ensino e aprendizagem, sem a pretensão de abranger profundamente a temática teórica das metodologias, direcionado para o sentido prático do “saber fazer” como uma ferramenta útil que indique de forma clara e objetiva, os procedimentos essenciais para implementar as metodologias ativas.

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