A Visita Técnica caracteriza-se como uma técnica ativa de ensino, na qual o estudante tem a possibilidade de ter o contacto direto com a prática de um conteúdo abordado em sala de aula. Na visita técnica, o estudante deixa de ser um ser um elemento passivo de sala de aula, para se tornar um elemento ativo da aula.
Contexto de uso
A Visita Técnica aparece como um excelente recurso para despertar nos estudantes um interesse maior pelo conteúdo-disciplina-curso, e possui os seguintes pontos fortes:
Recomendações
É importante que o conteúdo a ser visto na visita técnica já tenha sido abordado em sala de aula, ou seja, o estudante irá fazer uma relação direta entre a teoria de sala de aula e a prática vivenciada na visita.
Deve ter também um objetivo, claro e preciso. Cabe também ao professor, o entendimento que a visita é uma “foto” de um dia, ou de algumas horas de uma empresa, não podendo, portanto, ter objetivos complexos para tal.
Sequência Didática
O planeamento da visita também é muito importante. Os locais de saída e chegada, horários, pessoas de contacto com a empresa/instituição a ser visitada, número de pessoas permitidas na visita, alguma necessidade especial com algum estudante, tudo isso deve ser visto com detalhes e com antecedência.
Aspetos a ter em atenção
Atividade antes da visita
É importante que os estudantes tenham sido orientados de como vão registar os elementos observados na visita. Os registos podem ser feitos através de fotos/vídeos, tudo já pré-acordado com a empresa visitada. Também perguntas e questões pré-definidas podem ser levadas para serem levantadas e respondidas durante a visita.
Atividade de Pós-Visita
Concluído o trabalho de campo, é relevante realizar um procedimento para sistematização e difusão dos dados e informações levantadas durante a visita.
Este procedimento pode ser feito através de uma aula-debate, por exemplo, na qual os estudantes expõem o que levantaram na visita e discutem diferentes pontos de vista, vistos da perspetiva de cada um.
No debate também pode ser colocado para discussão as perguntas/questões, que foram previamente acordadas para se obter a resposta durante o trabalho de campo. Outras técnicas também podem ser aplicadas, como relatórios da visita, desenvolvimento de projetos e apresentações diversas a serem apresentados em sala de aula.
Figura: Visita Técnica – Resumo
Fonte: Oliveira, R., Inovação e Renovação Académica: Guia Prático de utilização das metodologias ativas, Editora Ferp, 2020, http://www.ugb.edu.br
Referências
Oliveira, R., Inovação e Renovação Académica: Guia Prático de utilização das metodologias ativas, Editora Ferp, 2020, http://www.ugb.edu.br
Este guia visa ser um elemento facilitador aos docentes no processo de implementação das metodologias ativas de ensino e aprendizagem, sem a pretensão de abranger profundamente a temática teórica das metodologias, direcionado para o sentido prático do “saber fazer” como uma ferramenta útil que indique de forma clara e objetiva, os procedimentos essenciais para implementar as metodologias ativas.
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